Renovação ou ilusão? Qual o destino brasileiro no Mundial do Catar?

Nesta terça (01), a Seleção bateu o Paraguai por 4 a 0, no Mineirão. Sabemos da fragilidade do adversário, que apesar de um elenco com bons nomes - inclusive alguns que já passaram pelo futebol brasileiro - está na parte baixa da tabela das Eliminatórias Sul-americanas. Mas apesar disso, o time comandado por Tite mostrou eficiência e um bom futebol, mesmo sem seu craque e camisa 10 Neymar, lesionado.

A Seleção sempre foi muito contestada, mas isso vem ganhando maior proporção nos últimos tempos. Porém a grande questão é: quem a contesta? São os gringos ou os brasileiros? E a resposta é simples: somos nós mesmos, os brasileiros. Diversos sites, blogs e páginas do mundo inteiro colocam a seleção canarinha como a grande favorita ao título mundial neste ano de 2022. Com uma campanha impecável nas Eliminatórias, com 12 vitórias e 3 empates em 15 jogos, o técnico Tite conseguiu colocar medo nos torcedores das possíveis seleções rivais na Copa do Catar.

É verdade que há algum tempo o Brasil não entra em campo com o peso de sua camisa, ao ponto de impor medo nos adversários. Em 2006, com um grande plantel e um chamado quadrado mágico, composto por Kaká, Ronaldinho, Adriano e Ronaldo, foi eliminada nas quartas para a França de Henry, no fatídico jogo do meião do Roberto Carlos; em 2010, parou na Holanda nas quartas-de-final, jogo em que Felipe Melo foi um dos principais personagens, com um gol contra e uma expulsão; em 2014… é, sabemos bem o que aconteceu naquele ano; em 2018, esperanças renovadas, mas mais uma decepção: eliminada para a Bélgica nas quartas.

Apesar de muitas contestações, enxergo que ao mesmo tempo que muitos tratam o Mundial de 2022 com pessimismo - especialmente os mais velhos, que se acostumaram com verdadeiras seleções de craques - a torcida também aumentou, com os jovens abraçando a ideia do patriotismo e da esperança por mais uma estrela na camisa amarela. E um dos fatores importantes para isso, é a renovação feita por Tite, com diversos nomes novos e diferentes, que caíram nas graças da torcida. Vinícius Júnior, Paquetá, Raphinha e Antony são alguns dos exemplos, nos quais mostram dentro de campo o verdadeiro futebol brasileiro, com alegria, talento e ousadia.

Acredito que possa ser um ano diferente dos anteriores, com uma chance maior de um hexacampeonato, mas sempre lembrando, claro: a Copa do Mundo pode ser traiçoeira, já que em apenas um jogo, todo um sonho de uma nação pode ser adiado por mais 4 anos. Mas precisamos acreditar e torcer, para que o futebol brasileiro volte a dominar e mostrar quem é que manda!